História de Urupema
O povoado de Santana foi fundado em 25 de março de 1918, por Manoel Pereira de Medeiros. Em 1923, houve a criação do Distrito de Santana, pertencente a São Joaquim. Em 31 de março de 1938, elevou-se a categoria de Vila. No ano de 1944, foram encontrados registros com o nome de Urupema, que significa uma espécie de peneira usada pelos índios. A emancipação administrativa do Município foi alcançada em 04 de janeiro de 1988 e sua instalação em 1º de junho de 1989.
De Sant’Ana a Urupema
O espírito aventureiro, o desejo e a necessidade de conquista de novos horizontes; a extensa região do Planalto Catarinense, mais tarde conhecida como os "Campos de Lages" despertou o interesse de famílias, ou mesmo de aventureiros de outras partes do país, notadamente de São Paulo.
No episódio da Fundação do povoado de Sant’Ana (hoje Urupema), seduzida pelo que afirmamos acima, veio a família "Pereira de Medeiros", e aqui juntou-se à outras que estavam fixadas em São Joaquim, então pertencente à Lages.
Com o transcorrer do tempo algumas famílias, como Pinto de Arruda, Machado, Souza, Ribeiro, Borges, Alves, Pagani e outras, foram ocupando o interior da região de São Joaquim, já transformado em Município e Comarca.
Consta, conforme Antonio Rodrigues Lisboa, no Livro Memórias de Um Século, de 1990, que a família Pereira de Medeiros veio em uma expedição procedente da Ilha dos Açores para povoar o litoral de Santa Catarina, talvez depois de 1711, ano em que a coroa Portuguesa teria comprado, do Marquês de Cascaes, as terras doadas por D. João XI a Pedro Lopes de Souza em 1534. Essas terras eram chamadas de terras de Sant’Ana.
A família Pereira de Medeiros localizou-se na região de Palhoça e Aririú, onde ainda hoje existem muitos descendentes, quatro deles são os troncos da família de São Joaquim. Três ficaram na região onde hoje é Urupema.
Francisco Pereira de Medeiros , casado com Izabel Pereira, quais fundaram a Fazenda do Cedro, hoje localidade de Cedro.
José Pereira de Medeiros , casado com Ana Pereira Machado, fundadores da Fazenda da Divisa.
Manoel Pereira de Medeiros casou-se com Ismênia Maria Saldanha. O casal, devoto de Santa Ana construiu sua propriedade próxima das serras, e, em sua homenagem deram à propriedade o nome de Fazenda Sant’Ana Velha (ainda existem às margens do Rio Caronas, taipas das mangueiras dessa fazenda).
Quatro de seus filhos construíram propriedades aos redores da Fazenda Velha, terrenos, posteriormente doados para formação da vila. Foram eles:
José Pereira de Medeiros , casado com Joaquina, filha de José Florêncio e Balizaria Pereira.
Elisbão Pereira , casado com Emília, filha do mesmo José Florêncio.
Januário Pereira , casado com Florisbela (Tia Bela), esta filha de Leonel Caetano da Silva Machado e Florinda Pereira de Jesus Machado.
Manoel Pereira de Medeiros Filho , conhecido como Manoel Timóteo, por ser criado com Timóteo Cruz.
Os filhos de Manoel Pereira de Medeiros que moravam mais distantes eram:
Luiz Pereira de Medeiros , conhecido como tio Lucas, casado com Inácia, filha de Bilizário Souza e de Eulália Alves de Liz.
Francisco Manoel Pereira de Medeiros , casado com Severina Alves de Liz. Construiu sua propriedade pouco abaixo da serra (dita Serra dos Pereiras). Foi doador do terreno para construção de uma capela, onde hoje é a cidade de Rio Rufino.
Querino Pereira de Medeiros, casado com Maria Conceição de Souza, formou suas propriedades nas margens do rio Canoas.
João Pereira de Medeiros foi morto em um combate com os bugres, que atacaram os trabalhadores ao saírem dos rocios.
Iria, casada com Caetano Pereira Machado.
Izabel, casada com João Caetano Machado.
Floripa, casada com Januário Pinto de Arruda.
Luiza, casada com Antero Pires.
Pouco a pouco, surgiu a necessidade de um maior agregamento da população. Desta forma, despertou o pensamento de fundação de um povoado. Sempre presente o elevado espírito de religiosidade do povo, a fundação teria, necessariamente, de ter o seu marco inicial com edificação de uma Igreja. Após várias reuniões, a Igreja foi construída no local denominado "Morrinho". O terreno doado pela família Pereira de Medeiros é o atual perímetro urbano de Urupema, e no mesmo "Morrinho" está a bela igreja de Sant’Ana, não mais a original, e sim outra edificada bem mais tarde.
Estes acontecimentos e realizações são atribuídos a MANOEL PEREIRA DE MEDEIROS, o fundador do povoado de Sant’Ana, em 25 de Março de 1918. Não há informações precisas, mas se presume haver uma correlação do nome Sant"Ana, com o do seu esposo São Joaquim, padroeiro do município de São Joaquim.
Outros afirmam que a roçada para a demarcação do povoado, foi feita no dia 26 de Julho, dia consagrado à Santa.
Estabelecido o local, começaram os trabalhos de demarcação e roçada, de medição de lotes e demarcação de ruas.
A construção de uma Atafona, pelo Sr. Cláudio Correia Borges, foi o primeiro estabelecimento industrial do povoado; em seguida, Ernesto e Ari Ponte, construíram uma usina hidráulica para fornecer energia elétrica, sendo a primeira da região e a mesma adquirida pelo Sr. Otavio Pereira Machado.
Conforme Lisboa, os primeiro comerciantes foram Antonio Machado do Amarante (Tenum) que, em sociedade com Joaquim Borges de Melo fundaram a Casa Comercial Amarante Melo. Depois vieram Henrique de Oliveira Waltrick, João Batista Couto (Lili Couto) e Tomaz Aquino Machado (Tomazinho) que em 1925 vendeu a casa comercial a Artur Pagani, posteriormente a Casa Borges Pagani.
Os primeiros hotéis foram o do senhor Januário Souza e o Hotel da tia Manoela, com gerência de Estevam Wagner. O primeiro bar foi o do senhor Génézio Matos.
Assim começou o povoado de Sant’Ana...
Cinco anos mais tarde, pela Lei Municipal nº 170, de 27 de outubro de 1923, foi criado o Distrito de Sant’Ana. No entanto, sua instalação deu-se somente em 14 de julho de 1924.
Pelo Decreto Federal nº 86, de 31 de março de 1938, o povoado foi elevado à categoria de Vila. E, finalmente, a emancipação deu-se pela Lei nº 1105, de 04 de janeiro de 1988, e a instalação do município em 01 de junho de 1989.
Sobre a questão da mudança do nome de Sant’Ana para Urupema, independente de pesquisas realizadas, não foi encontrado documento oficial que o determinasse. Entretanto, presume-se que na época tenha havido uma determinação dos Correios e Telégrafos, para mudança do nome, a fim de evitar a coincidência com uma localidade do Rio Grande do Sul. Isto teria acontecido por um Decreto Lei promulgado em fins de 1943 para entrar em vigor em janeiro de 1944. Formam encontrados, a partir de 12 de Janeiro de 1944, registros públicos com nome de Urupema.
SIGNIFICADO DO NOME: Urúpema, em tupi, significa uma espécie de peneira feita de fibras, usada, também, como instrumento de pesca.
Dados Históricos
Fundação da cidade: O povoado de Sant’Ana foi fundado em 25 de março de 1918.
Criação do município: Pela Lei Municipal nº170 de 27 de outubro de 1923 foi criado o Distrito de Sant’Ana. Em 31 de março de 1938, pelo Decreto Federal n º86, o povoado foi elevado a categoria de vila. A emancipação de São Joaquim ocorreu pela Lei nº1105 de 04 de janeiro de 1988.
Fundador: Manoel Pereira de Medeiros
Emancipação política: A emancipação de São Joaquim ocorreu pela Lei nº1105, de 04 de janeiro de 1988, e a instalação do Município em 1ºd e junho de 1989.
Feriados municipais:
- 01 de junho - aniversário do Município
- 26 de julho -dia da padroeira do Município Santa Ana
Fotos de Urupema
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